As Entidades na Umbanda
As Entidades na Umbanda |
|
Mensageiros divinos, ordenanças do Pai Maior.
São nossos Guias e Orientadores.
Companheiros astrais, que buscam nos guardar, proteger e intuir. Nos auxiliar, para que, melhor possamos percorrer nossa própria jornada evolutiva.
Quão bom seria, se conseguimos senti-los, ouvi-los e compreende-los, sem as negativas interferências de nossos próprios interesses mundanos....
Saravá Umbanda
Salve Todo o Povo da Aruanda...
|
|
|
|
Entidade é o nome dado a todos os espíritos que estão em uma faixa de vibração astral, boa para o trabalho na Umbanda. Conforme seu grau de evolução espiritual, esses espíritos são levados a fazer parte de uma falange (agrupamento de espíritos), a fim de atuarem, aprenderem e evoluírem espiritualmente. Lá eles permanecem até a possível volta para uma reencarnação ou a evolução para um plano espiritual superior.
|
Falange é um agrupamento de mais de 400 mil espíritos, que atuam em um determinado plano espiritual, ou seja, em uma determinada faixa de vibração.
Existem entidades de Alta, Regular e Baixa, faixa vibratória, e por isso elas se dividem em vários grupos: Falangeiros de Orixá, Caboclos, Pretos Velhos, Exus, Pomba-Giras, Ibeijadas e demais entidades que atuam de formas diversas. Cada falange recebe o nome de seu chefe e cada espírito dentro desta falange, atende por este mesmo nome.
Quando um médium trabalha com uma determinada entidade, ele não trabalha com um único espírito. O que ocorre é que todos os espíritos que constituem aquela determinada falange, têm uma única tônica de vibração com a qual penetram na faixa vibratória do médium, à razão de um por segundo, mantendo assim a sintonia durante todo o período que dura uma comunicação. Em outras palavras, os espíritos não trabalham isoladamente, mas "em falange", todos numa única vibração.
Embora não seja muito comum, é possivel acontecer que um mesmo espírito, embora seja uma só vibração, venha em diversas falanges, com diferentes nomes, conforme sua missão espiritual. Um espírito de certo grau de evolução pode se desdobrar na vibração, ou seja, aumentá-la ou diminuí-la, obviamente que dentro de um certo limite preestabelecido. Desta forma, essa entidade pode se apresentar ora numa faixa, ora em outra. Por exemplo: Se ela atua normalmente sob a linha do Oriente, pode num desdobramento de vibração, apresentar-se na forma de um caboclo, embora conserve também suas características essenciais.
|
Necessário também é, compreender-se à diferença entre hierarquia terrena e evolução espiritual. Algumas pessoas pensam que a posição hierárquica de uma entidade corresponde à sua posição na vida física anterior. Isto não corresponde à verdade porque as falanges não se agrupam conforme as raças ou costumes da vida terrena, mas sim de acordo com o grau de evolução espiritual e afinidade vibratória. Desta forma, um espírito pode se apresentar, por exemplo, como um caboclo, apenas para ter um melhor acesso a um médium e a seus consulentes. |
|
|
|
|
|
|
|
Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas, os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.
Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.
|
|
|
Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas virações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.
Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porêm em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã.
Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.
|
|
Embora existam diferenças entre os nomes encontrados por diferentes pesquisadores para as entidades, em relação as suas Vibrações Originais, apresentamos a seguir uma relação que nos parece a mais próxima de uma realidade:
|
|
|
Caboclos de Ogum:
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Icaraí, Caiçaras Guaraci, Ipojucan, Itapoã, Jaguaré, Rompe-mato, Rompe-nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tamoio, Tabajara, Tupuruplata, Ubirajara, Rompe-Ferro, Rompe-Aço
|
|
|
Caboclos de Xangô:
Araúna, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Caboclo do Sol, Girassol, Guaraná, Guará, Goitacaz, Jupará, Janguar, Rompe-Serra, Sete Caminhos, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Sete Estrelas, Sete Luas, Tupi, Treme-Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Mirim, Urubatão da Guia, Urubatão, Ubiratan, Cholapur.
|
|
|
Caboclos de Oxóssi:
Caboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Boiadeiro, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassu, Junco Verde, Javari, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Dourada, Pena Verde, Pena Azul, Rompe-folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flechas, Flecheiro, Folha Verde,, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Tapuia, Serra Azul, Paraguassu, Sete Encruzilhadas.
|
|
|
Caboclos de Omulu:
Arranca-Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Gira-Mundo, Iucatan, Jupuri, Uiratan, Alho-d'água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Suri, Serra Verde, Serra Negra, Tira-teima, Seta-Águias, Tibiriçá, Vira-Mundo, Ventania.
|
|
|
Caboclas de Iansã:
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira
|
|
|
Caboclas de Iemanjá:
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d'Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jacira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente
|
|
|
Caboclas de Oxum:
Iracema, Imaiá Jaceguaia, Juruema, Juruena, Jupira, Jandaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunué, Mirini, Suê
|
|
|
Caboclas de Nanã:
Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu
|
|
|
Caboclinhos da Ibeijada:
Nesta querida falange, encontramos os Caboclinhos e Caboclinhas do Mato que se manifestam em sua forma indígena.
|
Algumas caracteristicas da Vibração dos Caboclos e Caboclas
|
Hábitat
|
Normalmente Matas Altas, Coqueiros, Eucaliptos, etc..
|
Vibração |
Ajuda espiritual e material
|
Assuntos Relacionados |
Todos
|
Atuação |
Ajuda em todos os campos
|
Parte do Corpo |
Todo o corpo
|
Essências |
Eucalipto, Girassol ( P/ Caboclos)
Pinho, Bálsamo-de-tolu ( P/ Caboclas)
|
Cores
|
Vermelho, Verde e Branco
|
Pedras |
Quartzo Verde-escuro.
|
Metal |
Ferro, Aço, Manganês, Zinco
|
Flores
|
Girasol, Flor de Ipê, etc..
|
Banhos de descarrego
|
Essência de Eucalipto
|
Libação
|
Água com Mel
|
Imantação
|
Predomina a espiga de Milho
|
Guias |
Para médiuns que tem um Caboclo como Guia:
117 contas ( alternando 3 vermelhas, 3 Verdes e 3 Brancas)
Para médiuns que tem uma Caboclo como Guia:
126 contas ( alternando 7 Brancas, 7 Vermelhas e 7 Verdes)
|
O Povo da Linha das Almas
|
|
"Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, lágimas lhe desciam pela face e não sei porque as contei.. Foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei.
- Fala meu Preto Velho, diz a este teu filho, por que esternas assim, esta tão visível dor ?
- Estás vendo, filho, estas pessoas que entram e saem do terreiro? As lágimas que você contou, estão distribuídas a cada uma delas.
- A primeira lágrima foi dada aos indiferentes, que aqui vem em busca de distração. Que saem ironizando e criticando, por aquilo que suas mentes ofuscadas não puderam compreender.
- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando. Sempre na expectativa de um milagre, que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos lhes negam.
- A terceira, aos maus. A aqueles que procuram a Umbanda em busca de vinganças, desejando prejudicar a um seu semelhante.
- A quarta, aos frios, aos calculistas. Aos que, ao saberem da existência de uma força espiritual, procuram beneficiar-se dela, a qualquer preço, mas não conhecem a palavra gratidão e nem a Caridade.
- A quinta lágima, vê como chega suave? Ela tem o riso, do elogio e da flor dos lábios. Mas se olhares bem, no seu semblante, verás escrito: 'Creio na Umbanda. Creio nos teus Caboclos, nos teus Velhos, e no teu Zâmbi, mas somente se vencerem no meu caso ou me curarem disso ou daquilo'.
- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Terreiro em Terreiro, sem acreditar em nada, buscando aconchegos e conchavos. Mas em seus olhos revelam um interesse diferente.
- A sétima filho, notas como foi grande ? Notou como deslizou pesada ? Foi a última lágrima. Aquela que vive nos 'Olhos' de todos os Orixás e de todas as entidades. Fiz doação desta, aos Médiuns. Aos que só aparecem no Terreiro em dia de festa. Aos que esquecem de suas obrigações. Aos que esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade, tantas 'crianças' precisando de amparo. Da mesma caridade e do mesmo apoio que eles próprios, um dia aqui vieram buscar.
Assim, filho meu, foi para esses todos que vistes cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO.
|
|
É interessante observar, entretanto, que nem todo Preto-Velho ou Preta-Velha na Umbanda, foi realmente um escravo(a) em sua última encarnação. Em alguns casos, esses espíritos nem encarnaram naquela forma ou naquela época. Porém, assumem aquela identidade apenas para um melhor diálogo. Para uma melhor comunicação, com aqueles que os procuram em busca de uma ajuda espiritual.
|
Hábitat
|
Cemitério, Matagais
|
Vibração |
Segurança
|
Assuntos Relacionados |
Todos
|
Atuação |
Ajuda em todos os setores
|
Parte do Corpo |
Todo o corpo
|
Data Comemorativa
|
13 de Maio
|
Dia da Semana |
Segundas Feiras
|
Essências |
Heliotrópio, Alecrim, Café ( P. Velhos)
Junquilho ( P. Velhas)
|
Cores
|
Preto e Branco
|
Pedras |
Crisópraso, Opala, Jade.
|
Metal |
Antimônio, Níquel
|
Flores
|
Margaridas brancas de todos os tipos, grandes e miudas
|
Banhos de descarrego
|
Vários, sendo o principal feito com arruda, sal grosso, fumo de rolo picado e carvão ralado.
|
Libação
|
O mais comum é o Café amargo (sem açucar)
|
Imantação
|
Rapadura, Fumo de rolo, agrião, feijão preto, mingau-das-almas.
|
Guias |
Para médiuns que tem um P.Velho como Guia:
128 contas ( sendo uma Preta seguida de uma Branca)
Para médiuns que tem uma P.Velha como Guia:
126 contas (sendo uma Branca seguida de uma preta
|
|
|