DEFUMADOR
Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída a possibilidade da modificação ambiental, através da mesma. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, usa-se também desse expediente, ao qual chamamos de Defumador, que tem a função precípua de equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade. O defumador pode ser de três tipos, à saber:
- Mantenedor do equilíbrio
- Positivador do equilíbrio
- Negativador do equilíbrio
Mantenedor do equilíbrio: tem por finalidade reforçar o equilíbrio já existente no ambiente, e para tal serão usadas as seguintes essências: Incenso, Benjoim e Mirra.
Positivador do equilíbrio: tem por finalidade reforçar a parte positiva, para equilibrar as negativações, principalmente se existirem assistentes externos à corrente fraterna, e para tal serão usadas as seguintes essências:Alecrim, Incenso e Benjoim.
Negativador de equilíbrio: tem por finalidade negativar totalmente o ambiente, reforçando a parte negativa. Por motivos de segurança, e para evitar que um leitor se quede à fazê-lo, deixamos propositadamente de dar as essências necessárias, o que só poderá ser ministrado à alguns, e escolhidos a dedo.
NOTA: Nos defumadores acima descritos, poderão ser adicionadas conforme a intenção, ervas dos ORIXÁS, porém, para que possam realmente surtir o efeito descrito, deverão manter no cerne, as essências preconizadas, para cada necessidade.
A partir da sétima lunação, depois de NANÃ (26 de julho), começa o período mais negativo, atuante sobre os seres viventes: o Carnaval.
Todos os erros conscientes ou inconscientes praticados pelo ser humano, até o dia de Nanã, são débitos jogados contra os créditos das boas ações e atitudes, e sendo o saldo negativo, será cobrado no período do carnaval, pois que todo o Exú, tem por ordem superior, a liberdade por 24 horas (terça-feira gorda) para começar a dita cobrança, da qual ninguém escapa. Por influência direta dos próprios Exús, os seres encarnados, aumentam ao seu bel prazer, os dias e as orgias carnavalescas, aumentando assim por conta e risco, o período de cobrança. É por isso que os filhos da Umbanda, desenvolvidos ou não, devem se abster do uso de fantasias, máscaras, bebida, de utilizar à título de folguedo coisas e apetrechos da religião, enfim, podem ver e assistir os outros neste período. Entenda-se que a abstinência não chega a ser uma proibição, com o que, seria ferido o LIVRE ARBÍTRIO de cada um, porém é um alerta vigoroso sobre a inconveniência altamente lesiva ao bem estar espiritual.
Normalmente no mês de julho, toda a humanidade tem um declínio nas freqüências recebidas do espaço até o dia 26, melhorando no princípio de agosto. Isto deve-se ao fato de a Freqüência Vibratória emanada dos Orixás, atingir em 26 de julho o ponto Neutro, ou Zero na escala (vide gráfico em Freqüências na Umbanda), portanto a época é difícil para todos e muito mais para aqueles que não tem o devido equilíbrio.
A Água é um fator preponderante na Umbanda. Ela mata, cura, pune, redime, enfim ela acha-se presente em todas as ações e reações no orbe terráqueo, basta exemplificar com as lágrimas, que são água demonstrando o sentimento, quer seja positivo ou negativo.
Sabemos que três quartas partes do globo, do planeta que habitamos, é coberto por água; 86,9% do corpo humano é composto de água ou carboridratos; mais ou menos 70% de tudo que existe na Terra leva água, tornando-se desta forma o fator predominante da vida no planeta. Por esta razão, ela é utilizada na Quartinha, no copo de firmeza de Anjo de Guarda.
ATRÁS DA PORTA.
Qual é o porquê disto?
Por que a água tem o poder de absorver, acumular ou descarregar qualquer vibração, seja benéfica ou maléfica. Nunca se deve encher o copo de água até a boca, porque ela crepitará. Ao rezar-se uma pessoa com um copo de água, todo o malefício, toda a vibração negativa dela passará para a água do copo, tornando-a embaciada; caso não haja mal algum, a água ficará fluidificada. Nunca se deve acender vela para o Anjo da Guarda, para cruzar o terreiro, para jogar búzios, enfim, sem ter um copo de água do lado. A água que se apanha na cachoeira, é agua batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas, assim como a água do mar, batida contra as rochas e as areias da praia, também acontece o mesmo, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas.
A água da chuva, quando cai é benéfica, pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai à si as vibrações negativas do local.
Por esse motivo nunca se deve pisar nos bueiros das ruas, porque as águas da chuva passando pelos trabalhos nas encruzilhadas, carrega para os bueiros toda a carga e a vibração dos trabalhos; convém notar que os bueiros mais próximos da encruzilhada são os mais pesados, porém não isenta de carga, embora menos intensa, os demais bueiros da rua.
O que é uma OBRIGAÇÃO?
É a confecção de um ponto de atração e ligação entre um ser encarnado e uma Força Superior (um Orixá). Na Umbanda essas ditas Obrigações, são preparadas com elementos naturais, fazendo desta forma uma alquimia, tal que, determina a Freqüência do Orixá desejado.
Qual é a melhor forma de determinar esta dita freqüência?
Pelo conhecimento detalhado de cada Orixá, a sua força, seu atributo, seu Oti (bebida), suas ervas, seu Amalá (comida), chegaremos à um determinado modo de fazer este Orixá vibrar.
As Obrigações se dividem em:
- Feitura do Santo
- Reforço do Santo
- Emergênciais
As obrigações da feitura e do reforço são idênticas, já nas emergenciais, mudam de aspecto.
As obrigações da Feitura de Santo, como o próprio termo está dizendo, é preparado e entregue quando o filho é feito no Santo, só e exclusivamente nesta ocasião.
Pelo menos uma vez ao ano, na data dos Orixás, o filho deverá fazer um reforço das obrigações de feitura.
As emergenciais só deverão ser usadas em casos realmente de emergência (caso de uso de anestésicos em operações, assédios espirituais e possessões) e com a aquiescência e anuência de uma Coroa Maior.
As Obrigações na Umbanda devem ser feitas na seguinte ordem após o Amací, o Batismo e a Confirmação:
1a OBRIGAÇÃO DE EXÚ com o fito de resguardo do filho de ataque de inimigos esporádicos.
Após a de Exú, deverão ser feitas as obrigações dos demais Orixás (quer masculinos, quer femininos) exceto os do Eledá (Pai e Mãe de cabeça) que ficarão por último e que serão efetuados quando da feitura da pré-camarinha, nos filhos que não terão comando de terreiro e na Camarinha aos que se destinam ser Chefes de Terreiros (Babalorixá). Por terem os filhos de terreiro feito as obrigações de feitura (exceto a do Eledá), é que se torna imprescindível o reforço anual das obrigações já efetuadas. Quanto ao Eledá fica inteiramente à critério de cada filho fazer-lhes um AGRADO a contento.
A condição de ter o filho feito obrigações para os diversos Orixás do Panteon durante a sua feitura não determina necessariamente que tenha guias (colares) deste ditos Orixás. Esse colares devem ser pedidos pelas Entidades trabalhadoras e responsáveis durante o tempo da espera da Pré-camarinha ou Camarinha, porém, a cada guia nova corresponde a um novo reforço.